NÃO TE CONSIDERAS
A Ti Amiguinha Sonya
NÃO TE CONSIDERAS
Nada de especial,
Embora eu te garante que nas minhas odisseias como tu nunca vi nada igual
Sabes que tens um brilho intenso, mas recusas a ver tal
Embora seja essa modéstia, ou falta de visão, que te torna tão ficcional mas bem real
Pois essa luz interior é projectada naquilo que amas, nas tuas borboletas, nos teus anjos
Figuras míticas que compõem o teu floral arranjo
Pois tens qualquer coisa de único, um perfume portentoso
Pode ser o meu coração a falar, mas esse é algo de gostoso
Que me leva a suportar teus os silêncios com a mesma estoicidade das tuas palavras
A saber e a sentir que contigo tenho uma única amizade
Menina-Mulher tantas e tantas vezes perdida nos teus domínios do amor e de dor
Que ultrapassas passo a passo, sustentando o teu belo andor
Na procissão da tua vida, que sem quereres exibes e estás a maravilhar
Quem como eu, tiver o cuidado de com os olhos que mereces para ti olhar
Poeta maravilhosa, amiga de luas, ou apenas de vincada personalidade
Eu também sou como tu, e se calhar é por isso que vive aos trambolhões a nossa mútua afabilidade
Pois admiramo-nos mutuamente, embora tal poucas vezes o possamos admitir
Eu ainda não sei porquê temos esta estranha forma de estar e de sentir
Mas sei que te admiro, que mesmo quando o meu amor passar serás sempre a mais bela
O primeiro raio de sol, quando cai a noite a mais visível estrela
Porque gosto de ti, sinto a tua falta, sendo por isso que para colmatar a ausência te fiz este poema
Mais uma maneira de dizer o que já sabes borboletita, que de alguma forma me completas
E assim, estou no meu canto em silêncio sem te incomodar
Num local bem perto de ti onde facilmente me podes encontrar
E desta forma, desta minha tão típica maneira, te dou agora um beijinho
De bons dias, de boas noites, depende da hora que leres estas palavras que fiz ao teu jeitinho
E que tas dou e entrego com o meu habitual e eterno carinho
Porque na Estrada que leva ao Infinito, no meu Palácio de Gelo ou nos teus Jardins Encantados
Estarei à tua espera
Para trilharmos na via da nossa amizade as Planícies da Imensidão
Tu sabes onde estou, eu nunca sei onde estás, mas essa nunca foi a nossa principal questão
Abre os olhos Amiga terna, engana o nome do poema:
Não te consideras…