Olha para os olhos…
De quem estimas
E se estimas pelo que sentes
Se segues o que sentes
Descobrirás nesses olhos as portas da eternidade
Olhos que não envelhecem
Porque sabem bem
Que se pensarmos em tal
A vida evapora-se sem repararmos
E para a vida passa a ser demasiado tarde…
Sente a força desse olhar
E as dores do que te aflige
Pouco te irão magoar
Sente a fé desses olhos
Uma fé não baseada em qualquer religião
Mas sustentada apenas
Pelo estado sublime
De no que somos
No que amamos
No que defendemos
Jamais
Deixará de acreditar
Simplesmente porque o Todo
Que constitui o nosso Universo
Nunca deverá acabar
Nem poderemos deixar que tal possa ser ameaçado
Porque pode até ser beliscado
Mas jamais dilacerado
Porque assim como abrimos a nossa Porta
Essa espécie de santuário pessoal
Apenas por nós deverá ser encerrado…