Aprende...
A ver os sinais do tempo no próprio tempo
E não no tempo dos homens
Pois este demasiadas vezes tende a falhar
Porque o homem por vezes diz
Ou faz coisas
Sem nexo
Sem sentido
Que se forem seguidas
Só nos irão fazer errar…
E assim
Se quiseres saber o tempo que irá fazer
Não precisas de ligar o rádio
A rede
Ou a televisão
Olha para o horizonte do céu
Cujas cores te responderão
Um algo certo
Um algo adquirido
Pelos antigos
Que nos faz estar a salvo
De qualquer delicada
E falível previsão…
Olha pois para o que te rodeia
Quando quiseres respostas
Que obténs na mudança de cor das flores
Nos ciclos alterados das colheitas
Na erosão das montanhas
Nas diferentes intensidades do vento
Iguais na sua dinâmica desde sempre
Que quando mudam rapidamente
Nos apontam uma visão do futuro
No que irá certamente acontecer
E não nas notícias do homem
Que mais do que um vislumbre dos dias do amanhã
Só nos dizem
O que ele sonha
No mais íntimo do seu ser…
Reaprende então as tradições perdidas
Ou meramente diluídas
No meio de toda a luz
Artificial da nossa civilização
Onde nos tentam convencer
Que é lá que mora a única ordem que funciona
A única Razão
Doutrina-te nas artes da única ordem eterna
A ordem da natureza
Onde o que muda
O que acontece
Nunca é por um qualquer capricho
Obedece sempre
A um motivo
Lógico
E consequente
Artes milenares
Que se as seguires
Mesmo entre os homens
Se os observares com a devida profundidade
Saberás ou não
Quem está efectivamente contigo…