Aprende...

A ver os sinais do tempo no próprio tempo

E não no tempo dos homens

Pois este demasiadas vezes tende a falhar

Porque o homem por vezes diz

Ou faz coisas

Sem nexo

Sem sentido

Que se forem seguidas

Só nos irão fazer errar…

E assim

Se quiseres saber o tempo que irá fazer

Não precisas de ligar o rádio

A rede

Ou a televisão

Olha para o horizonte do céu

Cujas cores te responderão

Um algo certo

Um algo adquirido

Pelos antigos

Que nos faz estar a salvo

De qualquer delicada

E falível previsão…

Olha pois para o que te rodeia

Quando quiseres respostas

Que obténs na mudança de cor das flores

Nos ciclos alterados das colheitas

Na erosão das montanhas

Nas diferentes intensidades do vento

Iguais na sua dinâmica desde sempre

Que quando mudam rapidamente

Nos apontam uma visão do futuro

No que irá certamente acontecer

E não nas notícias do homem

Que mais do que um vislumbre dos dias do amanhã

Só nos dizem

O que ele sonha

No mais íntimo do seu ser…

Reaprende então as tradições perdidas

Ou meramente diluídas

No meio de toda a luz

Artificial da nossa civilização

Onde nos tentam convencer

Que é lá que mora a única ordem que funciona

A única Razão

Doutrina-te nas artes da única ordem eterna

A ordem da natureza

Onde o que muda

O que acontece

Nunca é por um qualquer capricho

Obedece sempre

A um motivo

Lógico

E consequente

Artes milenares

Que se as seguires

Mesmo entre os homens

Se os observares com a devida profundidade

Saberás ou não

Quem está efectivamente contigo…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 30/09/2012
Código do texto: T3908645
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