Era eu um caso quase perdido...
De tanto sofrimento, desiludido.
Estava batendo nas portas
Da amargura.
Vivia em autotortura,
Por dentro!
Não encontrava mais meu centro.
Havia dado-lhe as costas.
Nunca revelei a totalidade do que sentia.
Não queria contaminar,
Muito menos, a ninguém, desanimar.
O fracasso era meu, parecia...
Um pouco antes de tudo desabar,
E, desabou,
A poesia aflorou.
Começou, discretamente, a clarear.
Foi, calmamente, tomando conta,
De minha cabeça, já meio tonta,
Com a nobreza
Da surpresa.
Com a intensidade
Da sensibilidade.
Foi se avolumando de tal forma,
Que me esticou, lindamente, a corda.
Fez o "mundo" olhar para mim.
O mesmo, que havia me indicado o fim...
Pelos mesmíssimos motivos!
Está havendo um reconhecimento de meu sentido
De meu, até então, estranho juízo...
De meu entendimento de paraíso!
O milagre é todo dela: da poesia,
Que tornou pública minha "Ardentia"!
Dedico este trabalho a
Carlos O. F. Luhmann
Vídeo improvável:
Vejam o que a Bahia fez com Dionne Warwick
http://www.youtube.com/watch?v=m1_0vwMTjok