POR SEU PRÓPRIO ESFORÇO

POR SEU PRÓPRIO ESFORÇO

No rosto que há lixo não bote

Os sonhos que lhe são vitais.

É o mesmo que abrir os canais

Para que cada sonho desbote.

E, se no bolso há luxo: não toque!

Embora o nome lhe brilhe bem mais

Que estrelas de espaços siderais:

Além de algemas: levam-lhe a vida a reboque.

Essa doçura estampada na sua face,

Não a conquistou sentada num sofá de pluma.

Nem usou do lobo as artimanhas e o disfarce.

Pisou em espinhos, navegou sob bruma.

Laço que não engrandece, rápido por ele passe;

Por seu próprio esforço tenha uma banheira de espuma.