Não é...
Vendendo o património de uma nação
Para impressionar quem não devia mandar em nós
Que esse alguém se vai conquistar
Pois esse alguém só pensará
Que estamos até a população dispostos a sacrificar…
Piscando o olho ao cifrão
Que se obtém credibilidade
Pois o cifrão não se interessa por tal
Interessa-se apenas por
Olhando para os sacrificados
O que deles poderá transformar em capital…
Correcto pedir sangue suor e lágrimas
Quando se continua a viver numa torre de marfim
Pedindo esses sacrifícios
Apenas para a torre consolidar
Deixando a morrer
Um povo
Que o voto era suposto eleger uma qualquer entidade
Que o povo pudesse salvar…
E por isso eu digo e reafirmo
Que não é a atitude correcta
Tomar o incerto por certo
E os cidadãos como meros animais pacificados
Na fila para o abate
Porque o silêncio dos sacrificados
Se for levado ao extremo
Pode gerar um ruído que não se pode medir
Que virá sobe a forma de uma explosão
Onde nem os mais altos dos palácios
Se salvarão
De uma palavra esquecida nos livros da história das democracias
De uma forma estúpida e injusta
Porque foi essa palavra que permitiu a sua ascensão
De povos fartos de sacrifícios idênticos
Em nome de nada
Que saíram à rua
E fizeram uma Revolução…