Não é...

Vendendo o património de uma nação

Para impressionar quem não devia mandar em nós

Que esse alguém se vai conquistar

Pois esse alguém só pensará

Que estamos até a população dispostos a sacrificar…

Piscando o olho ao cifrão

Que se obtém credibilidade

Pois o cifrão não se interessa por tal

Interessa-se apenas por

Olhando para os sacrificados

O que deles poderá transformar em capital…

Correcto pedir sangue suor e lágrimas

Quando se continua a viver numa torre de marfim

Pedindo esses sacrifícios

Apenas para a torre consolidar

Deixando a morrer

Um povo

Que o voto era suposto eleger uma qualquer entidade

Que o povo pudesse salvar…

E por isso eu digo e reafirmo

Que não é a atitude correcta

Tomar o incerto por certo

E os cidadãos como meros animais pacificados

Na fila para o abate

Porque o silêncio dos sacrificados

Se for levado ao extremo

Pode gerar um ruído que não se pode medir

Que virá sobe a forma de uma explosão

Onde nem os mais altos dos palácios

Se salvarão

De uma palavra esquecida nos livros da história das democracias

De uma forma estúpida e injusta

Porque foi essa palavra que permitiu a sua ascensão

De povos fartos de sacrifícios idênticos

Em nome de nada

Que saíram à rua

E fizeram uma Revolução…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 09/09/2012
Código do texto: T3872650
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