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Há muito, não me enfurecia com o destino,
Como o fiz, há pouco.
Fiquei completamente tonto,
De tanta dor,
De tanto psicológico terror!
Cheguei a pensar em espatifar o sino...

Muitíssimo desgastou,
Mas, passou.
Depois de desabafar bem, escrevendo,
Pela casa, vagando...
...Chorando,
Feito criança,
Que, pela primeira vez, perde a esperança...
Pego-me novamente, percebendo,
As vantagens da tranquilidade...
Ela potencializa a capacidade.

Nada mudou.
O quadro preocupante, não se alterou.
O fio continua estreito como nunca.
Mas, a poesia se tornou, em mim, tão profunda,
Que, sob sua tutela,
Salto de qualquer janela.
Nada ter, literalmente a perder,
Obriga-me a sempre, arrefecer!
Despudoradamente,
Apaixonadamente!
Ainda mais agora, que vem a primavera,
Quero que se materialize, 
Que se maximize,
A afeição que me atesta.





Para Manoel e Iolanda



Música obrigatória:
http://www.youtube.com/watch?v=33DBgowpMZc 




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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 02/09/2012
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