Pode parecer confuso…
As mil e uma perguntas que fazes para obter
Aquilo que aprecem ser simples respostas
De coisas que consideras simples
Pela sua simplicidade complexa
“Qual é a verdadeira cor do espaço profundo
Aquele que por mais que vivamos nunca iremos avistar?”
“Qual é a cor de um espírito
Quando a alma se está apaixonar?”
“Qual as cores da imaginação
Antes de estar se tornar real
Numa qualquer criação?”
“Qual é verdadeiramente a primeira palavra que um ser gera ao nascer?”
Coisas menores sem dúvida
Que jamais devem reger uma existência
Coisas que se não forem respondidas
Não irão colocar em causa a nossa subsistência
Coisas afastadas do mundo
Que se quer real
Coisas com ou sem sentido
E cuja resposta
Se a houvesse
Não nos faria nem bem nem mal…
Mas são coisas como estas de que se alimenta um espírito
Coisas que se devem manter secretas
Não por vergonha de as desejar
Mas porque são coisas tão particulares
Que se poderia sentir vergonha se as pudéssemos partilhar…
Coisas tolas
Porventura demasiado tolas
Mas são coisas com alguma importância
Porque rompem a espuma de todos os dias
Tornam cada dia diferente
Do que o antecedeu
Do que o irá suceder
Porque as respostas difíceis
Ou até mesmo impossíveis de alcançar
Sentimos que no todo universal
Definem qual o nosso lugar…