MIGUELUCHO,O PRÍNCIPE NEGRO PARA A BRILHANTE PRINCESA BORBOLETA

Nestes tempos de Carnaval…

MIGUELUCHO, O PRÍNCIPE NEGRO PARA A BRILHANTE PRINCESA BORBOLETA

Meu quase extinto amor, minha querida e delicada amiga

Hoje venho falar do que nos atormenta, das nossas feridas

Por amor morri mil vezes e mil vezes soube o que é ressuscitar

Vir das trevas, do fundo de uma dor que nos ameaçar sufocar

Não deixando espaço para nada, muito menos para as palavras

Nesse sentir que na altura parece de todas as coisas, a mais sagrada

Onde as lágrimas que não param de cair, parecem formar um rio

Onde o seu atravessar para a boa margem, parece o nosso maior desafio

Por ti formei vários rios, mas hoje posso dizer que cheguei ao meu abrigo

E gostava que isso, minha linda, se passasse contigo

Porque hoje, embora me falta a minha cara-metade, a mulher que hei-de amar e ser amado

Consegui alcançar uma paz, que embora esteja só, parece que estou acompanhado

E é nesse bela e divina lucidez que o meu primeiro pensamento foi para contigo

Para que voltes a sorrir, pois na vida há poucas coisas tão lindas, como esse teu sorriso

Tens umas asas de borboleta figurativas que tocam e alcançam a imensidão

Tens um fogo divino que ao arder tece as teias, as notas da mais bela canção

Uma força divina dada pelo teu Deus

Que embora já não o seja, gostava que também fosse o meu

Tens uma luz suprema, a luz de existires, a luz da tua existência

Que não vez ou não consegues ver, nessa tua latência

Que antecederá grandes, cheios, plenos momentos que em breve irás viver

Tempestade que antecede a bonança, real local do teu ser

Porque tens o raro e divino dom de seres tão bela

Tanto por dentro como por fora, és sem dúvida uma Majestosa Estrela

E por isso eu te digo com absoluta convicção: eu habito por norma as trevas e sei onde anda a razão

Por que tu és uma Princesa da mais absoluta luz, da mais pura absolvição

Acredita em Ti própria e verás que nunca mais terás um eclipse de tenebrosa tensão

Os outros podem-te dizer coisas que até parecem magoar

Mas que não devem pois a ternura é o teu Reino, teu trono, teu lugar

E por isso te digo para nesses velhos do Restelo não acreditares

Acredita em ti própria em ondas do teu próprio amar

Enquanto eu…eu estou à espera de mais uma tempestade

Na estação da minha vida, te faço este poema, te dou a minha eterna Amizade

Pois como Tu nunca vi nada igual

Borboleta transmutada em Anjo

Sem dúvida um ser único, especial

Rainha máxima das palavras, dos sentires que de tão suprema quase se transforma em mito

Gostava, de me permitires, que me acompanhasses, nessa estrada que leva ao Infinito

Mas cada um no seu lugar

Para a minha sombra não te incomodar

Porque mesmo como amigos, tens um “não sei o quê” que me completas

A caminho do meu futuro literário fiz mais uma estação reflexiva e escrevi este -

Miguelucho, O Príncipe Negro para a Brilhante Princesa Borboleta: