E tu…?
Não vales nada
Quando entras num jogo a perder
Muito antes dele começar
Não vales nada de nada
Quando deixes que uma palavra com a qual discordas
Tome o teu lugar…
Não sabes o que é a existência
Se nunca te apaixonaste por um pôr
Um por um nascer do sol
Achas tal de uma confrangedora banalidade
E por isso da vida sabes o que leste nos livros
Da vida apenas provaste uma sombra da sua essência…
Não valorizas a palavra
Porque nunca te custou a gerar sequer uma
Porque nunca soubeste o que custa dizer tal
São bens frívolos
Que quando se esgotam julgas poder adquirir facilmente num qualquer centro comercial…
Sabes o que é a paixão
Apenas pelo que vês
E lês
Nos meios de comunicação social
Banal
Que te implantam emoções
Sem te dar tempo para as tuas poderes amadurecer
Porque também aceitas este estado da situação
Porque é mais fácil
Mais cómodo
Menos doloroso
Mas infinitamente menos libertador
Tu não vales nada
Porque dás o mesmo valor
Em toda e qualquer situação
Ao prazer e à dor…