Sei...
Bem o que construí
E o que aspiro construir
Mas tenho uma memória
Que mantêm bem presente
Aquilo que eu destruí
Quer no presente
Quer no passado
Não que viva amarrado a este último tempo
Mas pela simples e clara razão
Que foi lá que arrasei
As pontes que hoje te permitiriam estar a meu lado…
Recordo-me com mais clareza o que disse de amargo
Do que disse de doce
Aquilo que sabotei
E não aquilo que edifiquei
Porque as mentes que se querem claras
Ou que pelo menos aspiram a tal
Tendem a subvalorizar o bem
E a sobrevalorizar o mal…
Não que o queiram repetir
Mas sim porque o querem evitar
E assim de uma forma permanente
E recorrente
Têm que tal recordar
Porque no futuro
Prefiro saber o que me engrandece
E não
Aquilo que me escurece
Prefiro que os erros sejam meras recordações
Do que sejam a natureza
E o padrão dos meus actos
Prefiro ter-te aqui
Do que meramente te recordar
Mesmo que tal sejam pensamentos
Com os quais
Me fará bem sonhar
Porque o sonho nada é
Se só com o sonho podermos contar
Sem termos a capacidade
De o podermos materializar…