Sei...

Bem o que construí

E o que aspiro construir

Mas tenho uma memória

Que mantêm bem presente

Aquilo que eu destruí

Quer no presente

Quer no passado

Não que viva amarrado a este último tempo

Mas pela simples e clara razão

Que foi lá que arrasei

As pontes que hoje te permitiriam estar a meu lado…

Recordo-me com mais clareza o que disse de amargo

Do que disse de doce

Aquilo que sabotei

E não aquilo que edifiquei

Porque as mentes que se querem claras

Ou que pelo menos aspiram a tal

Tendem a subvalorizar o bem

E a sobrevalorizar o mal…

Não que o queiram repetir

Mas sim porque o querem evitar

E assim de uma forma permanente

E recorrente

Têm que tal recordar

Porque no futuro

Prefiro saber o que me engrandece

E não

Aquilo que me escurece

Prefiro que os erros sejam meras recordações

Do que sejam a natureza

E o padrão dos meus actos

Prefiro ter-te aqui

Do que meramente te recordar

Mesmo que tal sejam pensamentos

Com os quais

Me fará bem sonhar

Porque o sonho nada é

Se só com o sonho podermos contar

Sem termos a capacidade

De o podermos materializar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 23/08/2012
Código do texto: T3844692
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