O caminho da Razão…
Quantos erros cometi
Pelo hábito de errar…?
Mas o maior erro de todos
Foi ter desistido um dia de algo
Sem meramente tentar…
A quantos enganos
Me submeti de forma voluntária
Por não acreditar
Que por vezes a crueza da ficção
Pode superar a frieza da realidade
Mas foi o choque
O que me acordou
De devolveu a lucidez
Foi o impacto desses danos…
E depois
Senti-me um cego em terra de quem vê
Ou alguém que vê
Numa terra de cegos
Ficando chocado
Pela falta de visão
De todo um mundo
Porque se recusa a ver
Quando para tal basta somente acordar
Do sono
Em que insistem em nos mergulhar
Basta ler
Basta ver
Basta inquirir
Basta recusarmos a verdade na qual nos querem fazer acreditar
Uma verdade que é uma mentira
Não moral
Não sexual
Mas meramente ética
Meramente civilizacional
Na qual fomos reduzidos à escravidão
De sermos meros números
Meros elementos estatísticos
Enquanto se dá a grande implosão
De vivermos para o progresso de muito poucos
E de termos abandonado
Não sei se para sempre
O caminho da Razão…