K. O. Gotz ___"Pintura de 8 de fev. 1953"___
DORME, PEQUENO POETA...
Dorme, pequeno poeta
Passo as mãos devagar sobre teus
/ cabelos
Teus olhos deram um intervalo para
/ a Vida
depois de abrir e decifrar seu calmo
/ segredo...
Os campos, tu os semeste, eu sei
Agora dorme...
Não o sono dos que se alhearam
___o sono puríssimo___
dos que sabem ver, mesmo de olhos
/ __fechados__ o informe...
Tuas mãos repousam como se fossem
/ águas
e teus pés se calçaram de musgos,
/ verdes e frescos...
Os próprios bosques repousam; hora
/ do sono !...
Tempo de percutir a Vida
/ sem medo...
Trouxeste lá de trás a voz
/ do Homem...
Ela se despeja numa estrada
/ de futuros,
E, da árvore, trouxeste a luz mais
/ perene desenvolvendo
os frutos imaturos ___ e se
/ despejam miríades
/ de estrelas acesas
nesse arco o mais puro que anula
/ o escuro...
Dorme, pequeno poeta
Trouxas de Amor abertas, são
/ roupas
e surge a manhã pouca
/ de escuridão
aquela plena cheia de verdade___
/ teu acalanto
o encanto de uma voz suave,
Dorme!...
Lá longe os dias te convidam...
estás dormindo ___ o dia te acaricia
/ com penacho solto
vigoroso___ é o Sol a pino!...
E,__ enquanto isso__, dormes!...
Dormes um sono bom de quando
/ o luar
o luar perfeito da infinitude, da
/ plenitude
o ar do mar dissolvido em verde !...
Dorme, a preciosidade das pedras
/ auriversam...
dorme em luz ___toda a espera
/ solidária te possui
cara e rara ___há sono em todos os
/ interesses
a Vida é dádiva ___aberta mesmo
/ nesse sono de todas as
/ folhas verdes
Amor te espera Dorme, poeta
Adoro ver-te !...
DORME, PEQUENO POETA...
Dorme, pequeno poeta
Passo as mãos devagar sobre teus
/ cabelos
Teus olhos deram um intervalo para
/ a Vida
depois de abrir e decifrar seu calmo
/ segredo...
Os campos, tu os semeste, eu sei
Agora dorme...
Não o sono dos que se alhearam
___o sono puríssimo___
dos que sabem ver, mesmo de olhos
/ __fechados__ o informe...
Tuas mãos repousam como se fossem
/ águas
e teus pés se calçaram de musgos,
/ verdes e frescos...
Os próprios bosques repousam; hora
/ do sono !...
Tempo de percutir a Vida
/ sem medo...
Trouxeste lá de trás a voz
/ do Homem...
Ela se despeja numa estrada
/ de futuros,
E, da árvore, trouxeste a luz mais
/ perene desenvolvendo
os frutos imaturos ___ e se
/ despejam miríades
/ de estrelas acesas
nesse arco o mais puro que anula
/ o escuro...
Dorme, pequeno poeta
Trouxas de Amor abertas, são
/ roupas
e surge a manhã pouca
/ de escuridão
aquela plena cheia de verdade___
/ teu acalanto
o encanto de uma voz suave,
Dorme!...
Lá longe os dias te convidam...
estás dormindo ___ o dia te acaricia
/ com penacho solto
vigoroso___ é o Sol a pino!...
E,__ enquanto isso__, dormes!...
Dormes um sono bom de quando
/ o luar
o luar perfeito da infinitude, da
/ plenitude
o ar do mar dissolvido em verde !...
Dorme, a preciosidade das pedras
/ auriversam...
dorme em luz ___toda a espera
/ solidária te possui
cara e rara ___há sono em todos os
/ interesses
a Vida é dádiva ___aberta mesmo
/ nesse sono de todas as
/ folhas verdes
Amor te espera Dorme, poeta
Adoro ver-te !...