Canta-me de novo…

Aquela canção da Eternidade

Onde a infância se mistura com o presente

E nos faz deixar de ter medo do futuro

Porque como somos nós que o fazemos

Tal passa por ser uma realidade ausente

A qual nunca iremos temer

Dado querer passar pela vida consciente

E não somente de uma forma vã, aparente…

E assim te peço que te disfarces de sereia

E que me cantes melodias perigosamente sedutoras

Que me levem ao engano

De acreditar que te amei para sempre

E tu a mim

E não apenas por um centésimo de segundo

Enquanto nos despedaçamos nas rochedos

Da nossa incapacidade

Em reconhecer que falhou um sonho

O que nos faz querer evitar a realidade…

Ou então voltemos ao básico

Regressemos ao essencial

Ao olhar primário

Ao olhar primordial

Onde a maravilha de conhecer algo de novo

Nos permite ver o que já conhecemos

Com essa capacidade

Que nos fará transformar vezes sem conta

O que a idade nos faz achar trivial

Achar em tudo

Um encanto que esteja perdido

Que nos vai fazer acreditar

Até ao infinito se consumir

Até ele mesmo se esgotar

Que tudo muda demasiado

Mas no fim de toda esta tempestade

Que é ver os anos a passar de forma vertiginosa

Nada

Acaba por de facto mudar…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 15/08/2012
Código do texto: T3831543
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