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Inexiste possibilidade
De se viver em tranquilidade,
Sobre uma base comprometida...
...Paredes intumescidas!
 
O único jeito
É zerar o peito.
Começar de novo,
Desta vez, primando,
Enfatizando,
A importância,
A relevância,
Da transparência estampada no rosto.
 
Uma simples reforma,
Agora,
Seria ineficiente.
Continuaríamos semiconscientes.
Precisamos sim, demolir tudo,
Por termos contaminado o mundo,
Com nossa cegueira,
Com nossas materiais brincadeiras,
De péssimo gosto,
Que só nos trouxeram desgosto.
Tanto interna, quanto externamente,
Obviamente.
 
Verdade e respeito
É que formarão nosso próximo leito.
O esclarecimento
Trará, sozinho, um novo alinhamento.
Afinal, não nos desviamos porque queríamos.
Desviamo-nos porque desconhecíamos...
À medida que vamos nos aproximando do Universo,
Incluindo-o,
Espelhando-o, em nossos versos,
Espontaneamente,
Ainda que, firmemente,
Vão-se abrindo nossos vórtices mais altos.
Estamos começando a vislumbrar o encantado.
Intuiremos novas saídas,
Mais pacíficas. Eminentemente, inclusivas.
Novas maneiras de nos relacionarmos,
De nos doarmos,
Sem as antigas e drásticas consequências,
Que tantas vezes sabotou nossa competência.
A princípio, seremos forçados a nos unir.
Depois será natural,
Absolutamente essencial,
O compartir.


 
 
Música indicada
 


 
Presente para Conceição Gomes


 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 13/08/2012
Reeditado em 13/08/2012
Código do texto: T3827660
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