E no mundo dos doces sonhos
Tentei inutilmente dormir, mas não consegui
frases precisavam vagar para outros lugares,
estavam cansadas de viver enclausuradas
em minha enfadada mente
Não havia ninguém para ouvi-las ou quem sabe,
talvez até tivesse. Mas preferi simplesmente
escrevê-las em um guardanapo que estava sob
a mesa.
Estas não precisavam ser depositadas em um
majestoso e popular livro de encantamentos.
Eram humildes, só exigiam que fossem escritas
no velho e esquecido guardanapo de papel.
O sono não veio me embalar nessa noite,
no seu lugar recebi a doce visita de doces
pensamentos, nos quais tu fazias imponente
tua agradável presença.
Não aconselho que haja engrandecimento de
tua alma, se por algum acaso verdes o que
rabisco sonolenta sobre ti. Sempre fui de
pensar muito, sobre tudo, tu sabes.
Mas também sabes que és sim, minha fonte de inspiração.
O relógio berra o seu constante tic tac, como
que me acusando de que eu já deveria estar
ausente nesse mundo que se diz consciente.
O mundo inconsciência precisa de mim.
Gosto do outro mundo, talvez devido a facilidade
de adentrar no mesmo, só tenho de fechar os
olhos. Gosto de estar lá, as vezes com, as
vezes sem ti.
Peço licença para recolher-me.
Espero ter satisfeito o desejo das minhas
letras, antes avulsas. Bons sonhos quando
acordar, outro alguém especial me diz.
Desejo o mesmo a todos.