AMIGO DE VERDADE

Nunca é tarde pra que se diga à consciência o que a farsa calou

Que tipo de gente eu sou, qual o valor que possuo e se tenho algum preço

Teria a moral parado de andar no começo? E aquele homem sonhado no que se tornou?

Será que amigo de fato eu sou? Será essa alcunha em verdade mereço?

Onde estão quem um dia eu disse amava?

Porventura mantive a palavra ou nesse momento sequer sei quem são?

Ficou em meu coração toda aquela inocência que a minha infância sonhava?

E onde minh'alma outrora estava, porventura meus olhos agora estão?

Ando eu como amigo de fato ou sou mero instrumento de meu interesse?

Se meu próximo empobrecesse, poderia comigo igualmente contar?

Sei ouvir e perdoar? Amaria sem mágoa quem me ofendesse?

E se Cristo hoje mesmo descesse, como amigo Ele iria me honrar?

Que eu seja mais do que resposta - que eu seja espelho honroso

Fracassado ou vitorioso, heróico ou mesmo cúmplice da emoção covarde

Porque o sol não faz alarde e mesmo assim seu espetáculo é grandioso

Mas ele é raro e glorioso, tal como é a amizade de verdade!

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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 20/07/2012
Reeditado em 20/07/2012
Código do texto: T3788658
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