A meu amigo
Não me peças coisas impossíveis
Peça-me o bem,
Não o bem do mundo
Mas o bem, ao fundo, de meu bem-querer.
Deixa-me mostrar-lhe a minha vida
Mesmo que esta não instiga
A tua vontade no viver.
Pelo caminho mais escuro estais caminhando,
Deixa-me conduzir-lhe à luz
Pode ser que um dia tu me agradeças cantando
Ou então, despedir-se-á chorando.
Vejo crianças na rua a brincar
Vejo teus olhos, enfim, a brilhar
Brilham por tristeza, ou,
Por alegria vens a chorar?
Deixe-me livrar-te deste fel
Fel que lhe conduz à tristeza,
Deixe-me tentar a alegria implantar
Caminharei ao teu lado por este mesmo caminho
Se assim preferir,
Mas não me peças para abandonar-te
Este é um pedido
A negar-te.