“ MENINA PAPELÃO “

De tanto ver as meninas papelão

Meu coração se sentiu muito triste,

Pois a cada dia na Escola Henrique Coutinho,

As meninas papelão chegavam para

Mais um dia de estudo, isto quando

Não estavam sentadas no meio

Do morro com os papelões nas mãos.

Tudo que elas viam achavam graça,

Tinha cada historia para contar,

Falava de festas, São João,

Casamento do Jeca, Barraca do Amor,

Elas ficavam ali todas sorridentes,

Fazendo os enfeites para abrilhantar

A festa de logo mais a noite.

Por onde elas andavam achavam tudo

Muito engraçado e o que viam pegavam.

Uma trazia consigo uma toalha,

Outra uma boneca de papelão,

A outra um sabão na Mão para

Poder imaginar que estava dando

Banho na boneca de pano,

Pensando que aquilo era uma criança.

Conversando elas diziam que queriam

Ganhar uma nova boneca para dar banho

Só no próximo verão, pois quando colocaram

A boneca dentro da água bem devagar,

Ela simplesmente desmanchou,

Porque ela era feita de papelão

E as meninas se colocaram a chorar

Pois viram que o sonho delas

Tinham acabado naquele simples banho.

Marcus Rios

Poeta Iunense – Acadêmico –

Academia de Letras de Iúna

Embaixador da Paz

Poeta Del Mundo

Marcus Rios
Enviado por Marcus Rios em 10/05/2012
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