Interrogação mais célebre
Quais os tempos desses olhos,
Quantas os moldes e recortes desses cabelos,
Que idade terás essa menina,
Dessa mulher que me faz acompanhar na escura esquina.
Dos tempos de criança,
De algum ano da infância,
Me mostraste um lar antigo,
Olhando as estrelas que iluminava a rua,
A simbólica espera da luz , quando quem iluminava era a lua.
Meu olhar babaca de pidão que se percebe,
Meu doce ponto de interrogação mais célebre,
Procuro reviro folhas e não acho no dicionário,
Adoro o que és, sem saber o significado.
Anda munida de batom, balinha e perfume,
Fala com pessoas, senhores ,senhoras e me causa até ciúmes,
Os meus amigos todos não me entendem, lendo tudo na minha testa,
E ela por sua vez tímida, nada me fala, embora eu lhe cause talvez uma festa.