by Mario Sergio Souza Andrade
Domingo, ouvindo a voz,
A voz de Nalva, sorrindo,
Sentindo a saudade atroz.
Atrás de mim, o tempo que passou
E o tempo que vem vindo,
Mesmo sem saber,
Esse tempo está fingindo...
Me engana, quando diz que passa,
Naquilo que se chama saudade,
Tarde, ainda mais tarde,
Retorna com uma tal de solidão.
Minha mão reage com versos,
Afinal, Nalva está vendo,
Nalva está lendo,
E vivendo o que estou sentindo.
Nalva, calma...
Estou chegando,
Mesmo quando estou indo...
Esqueceu? Sou índio,
Sou flecha rasgando os céus,
E a força dos rios sorrindo...
Levo em minha margens, seu beijo,
E no fundo de meu coração
O desejo de lhe ver
Amando....