À POESIA DO RECANTO
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Aquela que se ocupa de toda e qualquer vertente
Com rima e/ou sem rima...
Vestida; Enfeitada; e/ou Pelada somente...
Pra dizer, na sua totalidade, sobre a verdade da gente...
Porque quando assim dizendo da gente...
(Talvez só assim pra se dizer realmente
Do ser gente que não teme ser gente!)...
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Há o "canto" candura...
Que visita, lá no fundo, a doçura de toda criatura...
Pintura que vai, do quadro à moldura...
Pluma, espuma...; espalhando fofura...
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E tem "porta-voz" do gueto...
Que já lançou mais de um livreto...
Objeto da britadeira no concreto
Da barulheira do papo reto à poesia que denuncia...
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Outros da nudez de vez; do Poema Social...
"Retergiversa" na conversa sobre Marx (Consumo e Capital)
E outro sem rima nenhuma...
Também, em suma, numa de verborragia geral...
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Membros de Academias...
Que já "alcançaram" a Própria Poesia...
E nos brinda todo dia...
Com seus mimos sob a sua latente Maestria...
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E os que chegam pela primeira vez...
Tímidos da própria nudez...
E, de três em três,
Aprendem "a tirar a roupa" de uma só vez
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Entro por qualquer um desses fios...
Emociono, coleciono, choro...; rio..
Conhecendo (e reconhecendo)...
As maravilhas desse País Gentil
Ora de Cruzeiro, ora de Jangada...
O primeiro é do conforto do lugar aquecido
O segundo, do olhar torto até ser conhecido...
Ora pelo escuro d'um gueto sombrio...
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Ora pelo sul via quentes notícias do frio...
Ora estilo sol a pino via jeito menino de gente do Rio
Noutras, verdadeiros piqueniques na relva...;
Mas há selvas de bichos bravios...;
Onças-pintadas no cio...
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Entre a Estrofe e o Refrão,
Entre a Produzida e a Improvisada "Canção"...
Vou, sem neuras com os numerários...
Ler os comentários que em minha caixa caiu...
Enebriado de Paixão por tudo isto...
Misto de Orgulho e Tesão por ter nascido no Brasil...