CAMINHO DAS PEDRAS

Sobre as pedras,

Espalhadas no caminho,

Pontiagudas, qual espinho,

Sigo firme a caminhar.

Sigo meus passos,

Mas, com Deus, não estou sozinho,

E, das picadas dos espinhos,

Vejo poemas sangrar.

Meu sangue corre,

Da minha alma ele escorre,

E, nas linhas de uma folha,

Faz-se a poesia a coagular.

Sobre as pedras,

Espalhadas no caminho,

Pontiagudas, qual espinho,

Sigo firme a pisar.

Prefiro as pedras,

Rústicas, e de muitas formas,

Do que as lisas, qual sabão;

Pois as lisas acariciam nossos pés,

E, quando mais se bota fé,

Elas nos colocam ao chão;

E assim, sigo,

Sem medo e sem assombro,

Sobre as pedras a caminhar;

E, são as pedras rústicas,

Tal qual um ombro amigo,

Alertando-nos do perigo,

E, chamando-nos a atenção;

Assim são elas, tal qual conselho amigo,

Que nos alertam do perigo,

E, não são lisas... Qual sabão.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 19/04/2012
Código do texto: T3622489
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