A visão
A visão
Abro a janela
E dela
Vejo o dedo de Deus
Apontado em uma direção
Está tão distante
Mas ao alcance da visão
Um dia por lá eu já passei
Eu sei
Conheço as estradas
E elas sabem quem eu sou
Um viajante
A desbravar fronteiras
Como um bandeirante
Sem barreiras
O sol espalha
A neblina que tampa a colina
Já posso ver as outras pequeninas
Montanhas que sorriem
Por entre as nuvens dissipadas
Surge o azul
E o contraste com o verde escuro
Céu e terra
Dá uma sensação de paz
Mesmo existindo a guerra
Uma guerra constante entre o ter e o ser
Entre o abrir
E o fechar de olhos
É lá aonde eu iria, porque é
Bem mais perto de você
Carlinhos Real
poesia feita para uma amiga moradora de Piabetá.