Rentes em correntes -
Depois de tudo que eu fui
Agora ando tão vago...
Um ferro enferrujado
Que nesta podridão flui.
Eu que era tão grande
Agora sou como o outono
Não tenho tempo pra sono
Nesta rotina incessante.
Eu não consigo dormir
Por causa da minha luta
Eu quero vencer sozinho
Sem a idiota disputa.
Mas umas coisas que ouvi
Me fez prender minhas ações
Se é o que acreditam
Não há mais soluções
Algumas desconfianças
Destroem amizades
Recriam pensamentos
Nascendo falsas verdades.
Por que?
Para que deixo que alguém invente
Mentiras em uma mente
Que rente a uma corrente
Finge que nada vê?
Para que?
Por que deixo que alguém invente
Mentiras em uma mente
Que rente a uma corrente
Finge que nada vê?
Sei que as folhas caem
Sei que tudo se esvai
Por isso me mantenho rente
Na enferrujada corrente.
Não importa quem está certo
No fim tudo se esgotará
E a mentira e a balburdia
Pedra se tornará.
Por que?
Pra que deixo que alguém invente
Mentiras em uma mente
Que rente a uma corrente
Finge que nada vê?
Eu deixo pra que, no fim
Eu possa ter a minha prova
Jogar areia em cima
Fazer da corrente a cova.