Pó de estrela

Às vezes você esta perdido e corre

Mas para onde vai?

Furtivo como uma sombra

Para onde vai?

Não há saída meu amigo

Eles o esperam

Em qualquer lugar

Poderíamos gritar agora, seria bom.

Podemos beber e ficar loucos

Sempre podemos

Mas não seremos livres

Por que deixamos rastros quando nos movemos

E eles nos seguem

Temos que fingir então

E isto não e o fim do mundo

Podemos esperar

Ser pacientes

Mas isto sim e morte

Achar que se precisa estar sempre a vista

Isto é a morte

Como se você fosse eternamente um aluno

Querendo ser aprovado

E estar morto

Não somos assim tão simples velho amigo

Não teremos apenas pedra e terra em nosso futuro

Somos pó de estrela você e eu, ainda temos algum brilho.

Alguma esperança

Faça sua vida acontecer enquanto ainda pode

Faça uma viagem para mais longe

Para qualquer lugar

Para La onde estão as pontes

Onde você pode sentar para esperar sobre o rio

Ou para sonhar

Ou para escrever qualquer coisa

Tudo e valido

Já que estamos assim prisioneiros do mundo

Só nos resta nossas próprias vidas

Toque seu violão meu amigo

E corra para as planícies

Depois visite o mar

Para poder gritar contra as ondas

Para poder protestar contra as apatias

Pra poder ser ouvido por alguém em algum lugar

Só assim eles te deixam velho amigo

Só assim se tem chances

Por que eles não sabem o que fazer conosco

E isto e vantagem meu amigo

Somos assim tão únicos e diferentes

Por que sabemos o que fazer com as letras

Por que construímos vidas sobre versos

Mesmo ébrios e inseguros diante deles

Devemos nos espalhar como a grama pela colina

Devemos correr como riachos entre as montanhas

Seremos livres enquanto formos coesos

Não confie tanto velho amigo

Nem sempre isto e o melhor

Por que somos a guerra e o abismo

Você e eu fazendo parte das chuvas

Como antigas canções relembradas com o tempo

Como velhas memórias que perduram, mas serão esquecidas.

Não deixe que suas frases duras o atinjam

E só o que eles têm assim tão desprovidos de sonhos

Só podem oferecer farpas por que já se esqueceram da beleza

De um gesto com flores

Entregues se a calmaria meu amigo

Deixe-se vagar num mar plácido e tranquilo

Só pra ver ate que ponto vai Le arrastar a maré

E qual e o sabor de estar ao vento

Trovejante inseguro e indomável

Seja um mistério velho amigo

Seja escuridão

Você e o raio velho amigo

Você e o raio

E ainda não é o fim

Ainda não perdemos tudo

Não enquanto pudermos criar poesia

Basta que fiquemos quietos mesmo quando sob ataques

Basta que não esqueças amigo

Que não esqueças.

JANNUS LOBO
Enviado por JANNUS LOBO em 10/03/2012
Código do texto: T3546389