BAR RECRIAR
Bar Recriar
É no bar que afogo minhas mágoas
E cuspo as palavras amargas
Que de minha garganta desprendem.
É no ombro dos amigos de copo
Que deixo fluir minha dor.
Encharco as camisas dos que me ouvem
Com meus choros convulsivos,
Deitado num ombro ou noutro,
Entre mais um copo de cachaça
Ou um tango de Gardel.
É aqui
Que descarrego meu lado podre
E me renovo numa nova criatura.
É aqui
Que colho as palavras amigas
Que me erguem da sarjeta virtual.
É aqui
Que colho, como se num jardim florido estivesse,
As mais lindas flores,
As flores da amizade real.
Claudia Nunes