Nó na garganta



Encontrei minha assinatura.
É ser repetitivo.


Se estarei melhor ou pior,
amando ou apático,
sobra um nó na garganta.
Algo difícl de ser desatado.

Se escrevendo ou calado,
se de bom gosto, ou forçado,
sobra um nó na garganta,
e nada muda o consumado.

Há dias que são tristes,
mas tristes, não são cinzentos.
São amarelos, da cor do velho,
esmaecidos pelo silêncio.
E há o nó na garganta,
que mesmo quando se vai em frente,
ainda está no meu pescoço amarrado.
EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 22/02/2012
Código do texto: T3513821
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