Com licença, Vinicius
Com licença, Vinicius
Com licença, Vinícius
Eu estou chegando
As portas arrombando
e com a caneta na mão
Eu sigo sempre a poesia
como você falou um dia;
num dia de flores
De lá pra cá minha primavera
é plantar a vida e, quem dera,
colher, um dia, amores
Sou de nada, mas sinto
A inspiração
E sei que rima perfeita
É o meu coração
Devo e não pago,
mas, não nego o amor
Por isso, sem pudor
Peço a sua benção
Com licença, Vinícius
Eu peço passagem
Trago a minha bagagem
abarrotada de amor
Brinco, às vezes, de versos
Sou um poeta e confesso,
arrisco sempre nas rimas
De quando em vez, me rasgo
e de amor, então, eu ardo,
pois ele me inspira
Sou de todos o menor,
não um “poetinha”
Mas, o que me credencia
é o meu coração
Faço o que quero
e o que quero, escrevo
Por isso, companheiro
Dê-me a sua benção
Mário Paternostro