Meu versos não são Íntimos


A pantera, companhia nas ultimas horas de agonia
do solene poeta da morte
Me devora com seus dentes ingratos
E me contamina com suas salivas egoístas.



Pois bem disse ele...
-As mãos que te afagam são as mãos que te apedrejam...
-Bocas tantas que beijamos, guardando futuros escarros.



Não são íntimos meus versos.
São apenas desabafos tresloucados.
Escrevo com a emoção de na dor se abandonado
Tendo apenas por eterna companheira a ingratidão.



Não são timos meus versos...
Pois não guardo as pedras dos irmãos
nem em suas bocas vou escarrar a solidão.



Eles sempre voltam...
Quando sentem a dor de serem deixados de lado.

Não guardarei as falsas palavras.
Nem a hipócrita amizade devotada...



Quando de mim precisarem...
Vos serei a mão amiga que as chagas lhes afaga.
Quando sentires a dor... Lá eu estarei.
Não serei a boca ingrata que em suas bocas escarra.



Darei meu rosto para ser beijado, assim como o Cristo.
Receberei o beijo de judas com afeto.
E se por um acaso, de remorso, amanhecerem enforcados
Eu lhes darei minhas preces, e meu perdão.
E direi...
-Sigam em paz, e não chorem...
Por terem me abandonado na minha solidão!



Thoreserc



(Inspirado em verso íntimos de Augusto dos Anjos)
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 12/02/2012
Código do texto: T3495419
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