Poesia de marinheiro...

[O mar vai falar-te de mim…] Mirah

Ao meu amigo marinheiro

digam-lhe que estou bem;

só não tenho é coragem

para escrever.

Digam-lhe que eu

o espero

todas as manhãs

na orla,

bem cedinho...

Onde devagarinho

chegam barcos carregados de céu,

deixando rastros

de estrelas-do-mar.

Digam ao meu amigo

que as ondas

que ele me mandou

quentinhas,

sempre

sussurram baixinho...

bem baixinho.

Digam ao marinheiro,

aquele meu amigo duma figa,

que sumiu pelo mundo

em seu barco sem memória,

que embora,

muito,

mas muito embora mesmo,

ainda sinto

seu perfume

de maresia.

Mas ele

nunca volta.

E eu sinto saudades

de ter meu amigo.

MIRAH
Enviado por MIRAH em 01/02/2012
Reeditado em 04/02/2012
Código do texto: T3474824