DESCULPA (Poema 940)

Doce Amiga Borboleta por todo o mal que te fiz e que me moí, dilacera:

DESCULPA

Na ave que voa

Ao acaso

E não sabe

Onde está o seu ninho

Perdoa-me

Devolve-me

O por mim

Desperdiçado carinho

No anjo

Que por momentos

Caiu do céu

Foi ao inferno

E esqueceu-se

Que o caminho

Para a redenção

É o teu

Na borboleta

Que perdeu a sua flor

Ficou cega

Entregue ao Inverno

Sem o teu calor

No poeta

Esquecido

Do seu real caminho

Que leva até ti

Espécie de abrigo

Nas palavras agora

Sem sentido

Pelo egoísmo da sua interioridade

Viu a luz de vez

Da nossa Amizade

E por isso

Com a alma negra

E o espírito pela culpa avassalado

Pede

Para que na Estrada

Que leva ao Infinito

Possa estar

Da forma que entenderes

A teu lado

Porque ardo

Nesse vil disparate

Maldita inquietação

Te estendo um raminho de oliveira

E te peço perdão

Desculpa…