QUENTANDO O FRIO**
Na vida sigo sem desígnios fortes.
Pisando firme, olhando à frente,
capturando luz e horizontes,
filtrando amarguras e auguras,
subtraindo desencontros e desencantos,
somando pássaros, flores, crianças,
multiplicando cantos, amigos,
dividindo dores, dívidas, dúvidas,
caminhando na sombra,
desviando das matilhas,
seguindo reto pelas ruas tortuosas,
buscando oásis na cidade asfalto,
voando alto, sonhando inquieto,
realizando, compondo, juntando brasa,
quentando o frio, criando filhos.
Dedicado ao meu falecido pai Adalberto Araújo
cp-araujo@uol.com.br