GÊNESIS
Eu não sei de onde vem o vento,
De onde vem o cheiro
Que acompanha a brisa da manhã.
Não sei de onde vêm meus pensamentos...

No Universo que ocupa o meu íntimo.

Onde as palavras se formam no coração?
Sinto que o vaso está cheio..., transborda.
As palavras correm como as águas do rio.

Elas levam a expressão de minha alma.
Desvelam um Eu que me é desconhecido.

Em minha jornada,
Vi as incertezas à beira do caminho.
Procurei palavras
Que pudessem suplantar o medo, as angústias, a culpa.
Pairou silêncio absoluto.

Tudo pareceu vazio- nenhum verbo.
Talvez não fosse direito;
Talvez não fosse o momento.

Resta a mim percorrer esta estrada
E, sozinho, alcançar o destino...


Por Diógenes Jacó de Souza, Araripina, outubro de 2011.
Wlads
Enviado por Wlads em 07/11/2011
Código do texto: T3322236
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