Fragilis ET infirma
Fragilis ET infirma
Marcos Olavo
Uma poesia nasce aqui,
Vendo um lugar chamar,
Na estupida atacada,
Do imbecil.
Ando caindo em cada passo,
Esperando o toque de suas mãos,
Pra minha união acontecer,
Disfarçando os medos.
Quero lutar com esta fraca minha,
Tendo o fraco forte ainda,
Na mão do favorito,
Do escritor que sou.
São imperdoáveis tantas desculpas cegas,
Que dizem nada agora,
Valendo menos que um trocado,
Em um bolso furado.
Fiz nada nesta hora varrida,
Matando meu rico riso,
Que hoje ninguém conhece,
Nem se quer vai perceber.
Creio que possa tomar outra teimosia,
Na triste saudade e vazia,
Que me faz entender,
Que não posso vencer.
Frágil e fraco estou,
Querendo visitar tudo,
Que ainda posso abraçar,
Na despedida louca.
Ontem meu nome foi citado,
Em um lindo linear,
Que dança feito ondas,
Numa corrida ousada.
Tomo banho nesse mar,
Que me faz lagrimar,
Vendo tudo belo e feio,
Na hora do susto.
Memórias fora de tempo,
Vai apertar meu sossego,
O antigo sorriso,
Que confesso ter.
Prefiro não pensar nas feras,
Nem em coisas estranhas,
Nesse universo perdido,
Que os cegos não querem.
Aprendo sangrando às vezes,
Sabendo que dói sem medo,
Na chuva duvidosa agora,
Que vai chegar perto de mim.
Verá agora minha trovadora,
Que mentiras não gosto,
Neste nascente amigo,
Que dança com o presente.
Teus poemas são de agrado,
Que levo em meu armário,
Escondendo nova visão,
Que toco no chão.
Escrito por: Marcos Olavo