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Talvez, venha de minha incerta e desconhecida origem,
Essa tendência à vertigem...
Esse arrepio perpétuo,
Que desafia os incrédulos
E perpassa minha existência,
Como natural consequência.

Talvez, seja atenção em demasia,
Debruçada sobre tudo o que se passa nessa autarquia...
Tento armazenar o máximo de informação,
Para entender melhor a situação.
Procuro os dados mais encolhidos,
Os condicionamentos mais esquecidos...

Talvez, seja apenas, o curso natural de minha história,
Essa busca incessante da mais antiga memória.
Essa preponderante necessidade
De suavizar a agressividade...
...De contato íntimo com a eternidade...
De aproximação com a divindade...

Pode ser, que seja o excesso de sofrimento,
Pelo que passou meu argumento,
Até começar a perceber,
O que, em mim, não poderia mais se esconder.
Até enveredar pelo escrever
E, assim, em mim, apreciar o sol nascer.

Pode ser, que seja o escancarado emocional,
Que vem me mantendo no excepcional...
Essa avalanche ininterrupta de sentimentos,
Que me atravessa sem constrangimentos,
Independente de minha vontade,
A mando da redentora criatividade.

Pode ser, que seja obra dessa sensibilidade,
Que desdenha, criteriosamente, toda essa mediocridade...
...Que me faz flertar com a loucura!
Que me fez optar pela lisura.
Que me impôs a arte:
Alimento de tudo que em mim arde!

Não sei explicar.
Estou ocupado demais em vivenciar...
Em cantar,
Em criar,
Em escrever...
Acima de tudo: em bem querer!






Por falar nisso,
Gosto pouco dessa loirinha...
...Né, Janaína,
Mãe de Narinha!!!! Uhu!!!



Vídeo OBRIGATÓRIO:
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http://www.youtube.com/watch?v=4vBPptuTZGU&feature=feedrec_grec_index


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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 03/11/2011
Reeditado em 03/11/2011
Código do texto: T3314410