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Sinto o solo começando a se mover.
São as sementes que plantei, querendo aparecer...
Querendo brotar
E encantar.

Pudera!

Tanto tempo adubando o chão,
Com carinho, zelo e paixão...
Não havia como se revelar outro, o resultado.
Uma existência inteira dedicada à emoção,
Ao poder da afeição,
Com seu mantra encantado!

Criado no auge da primavera!

Ao longo do caminho,
Triplicou minha capacidade de carinho.
Qualidade de quem, incompreensivelmente, vive sozinho,
Apesar do sonho permanente, de ter companhia no ninho...
Para cuidar
E se entregar.

Amor sublimado?
Prefiro-o então, indiscriminadamente espalhado...
É o que tento.
É o centro do meu sentimento.
Emitir amor,
Para espantar a dor.

Desejo, ardentemente,
Conscientemente,
Ver minimizado o sofrimento da humanidade,
Sem o repetitivo exercício da calamidade.
Acredito na iluminação interna,
Sem a necessidade da tragédia externa.

Embora sejam inegáveis os sinais,
Todos abismais,
Ainda creio numa reviravolta para essa história.
Talvez, a recuperação de ancestral memória...
Um despertar súbito,
Um processo novo e único.

Essa vaga de vida, da catástrofe, já provou,
Nos mares da insanidade, já naufragou...
Acho improvável, que a Criação 
Apele para a repetição...
Aposto numa iniciativa
Menos violenta, mais criativa!

Sei que o planeta precisa se acomodar.
Já está se acomodando.
Claros recados, vem mandando.
É possível, que, a qualquer momento,
A humanidade venha a acordar
E, finalmente, entender o seu natural elemento.






Para Luna Di Primo
Uma incentivadora da sensibilidade...
Única via de acesso possível, à eternidade!



Música indicada:
http://www.youtube.com/watch?v=I40qbHFyRkc 


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Direto comigo: cbs263000@hotmail.com




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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 02/11/2011
Reeditado em 02/11/2011
Código do texto: T3312371