Sabes…?
Que a eternidade se pode medir
Pela mistura de um lugar comum
Entre uma palavra e um inteiro ou parcial mundo
A eternidade pode andar à velocidade da luz
E por isso não chegar a durar um segundo…
Que a altura mágica
Muitas vezes não se encontra ao nascer
Ou ao ocaso de um sol no nosso horizonte
A altura mágica
É a nossa utopia
É continuar a acreditar em tudo
Quando tudo está a morrer…
Que as palavras foram criadas
Para serem ditas
Para serem gastas
E nunca jamais
Para dentro de nós
Ficarem oclusas
Ficarem guardadas…
O que te quero fizer
Mesmo quando não me apetece falar
Sabes que a altura é de mover
E não de parar
Que o tempo avança
E ninguém de facto o pode parar
Mas o tempo é nosso
Somos nós que o moldamos
Na esfera existencial na qual nos enquadramos
E assim ficaremos na memória
No tempo
Na sua foto de presença
Como alguém que matou
Que ficou calado
Ou como alguém que amou
Alguém que teve que partir
Mas ao mesmo tempo
Com quem estimava de facto por lá ficou…