AMOR INFINITO
Tudo o que eu te der, jamais será demasiado.
Nada do que me deres, será pouco.
Convictos de que esse é o passo a ser dado.
Para isso é que grito até ficar rouco.
Pois, quando os sentimentos obedecem à escala do infinito,
Mensurá-los, é tarefa para um louco.
E ando sem pressa, a rezar a minha prece, mais bonita
Dissecá-los para que? O bom é degustar pouco a pouco.
O meu amor por ti é uma nova invenção,
Que edifiquei, pacientemente, ao longo de minhas esperas.
É fruto da mais ardilosa, sensitiva e viril inspiração
Fecundada no silêncio onde nascem as palavras.
Teu amor por mim, pura surpresa, emoção
E descoberta, de quem, de tamanha façanha, nunca supusera.
Tem o ardor da mais nobre e sutil sedução
Que me abre todas as portas de sonhos e quimeras.
Somos complementares, em nossas diferenças.
Seres que se procuravam sem que disso tivessem ciência.
Essa é a delicada arte que fulmina as indiferenças
O ponto de mutação da melhor consciência.
Um sem o outro, hoje, impossível a existência.
Os dois, juntos, poder incontrolável, a não haver quem vença.
Almas amalgamadas que possuem consistência
É o poder do amor que une todas as raças.
Enfim despertado, do sono e da apatia
Que me foram, por tanto tempo, companheiros;
Acordados rumando com coragem e valentia
Nestes versos que se oferecem altaneiros.
Para isso se dar foi preciso boa empatia e sintonia
De quem sabe que tem um ótimo amigo escudeiro
Ouso dizer que és a fonte de minha paz e harmonia.
Quanto a mim, só quero te cuidar, ser o teu fiel Jardineiro.
Duo: José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador e Hildebrando Menezes, o Hilde.