Árdua é a tarefa de emergir do estabelecido,
De tudo que nos foi imposto
E que nos causa tanto desgosto,
Rumo ao esquecido...
Sofremos enorme pressão,
Para permanecermos nessa inócua ilusão.
É delicada nossa situação.
É de segurança máxima essa prisão...
Observo que até grandes mentes,
Indivíduos bem inteligentes,
Têm dificuldade
Em conquistar sua verdadeira liberdade.
Por um lado, há o peso do tempo,
Que a sociedade vem impondo seu argumento,
Em total detrimento,
Do individual entendimento.
Foi instituído um agrupamento de códigos,
A esmagadora maioria, ilógicos,
Com o objetivo de manter unida a boiada,
Submissa e teleguiada.
Viciada em ópio, com suas múltiplas apresentações,
Com suas falsas sensações,
Com seus desvios,
Para manterem hipnotizados os sentidos.
Os discursos são repetidos mecanicamente pela população,
Que perdeu a capacidade de, por si própria, pensar...
Não tem embasamento para julgar.
Prefere mesmo a posição de anonimato na multidão.
Não tem coragem de se rebelar
Até porque não se conhece
Não percebe
O que no peito está a clamar.
Adéqua seu desejo
Ao incabível enredo...
Nem que para isso seja necessário se fraudar,
Criminosamente se mascarar...
Prefere ser adestrada
Do que, pela maioria, rejeitada.
Às vezes, acorda assustada,
Mas, logo volta a adormecer conformada.
Não acredita ter os necessários elementos
Para um autoconhecimento.
Fator número um para a libertação
Dessa hibernação.
É realmente, um longo processo,
Crivado de abstinências,
Com constantes choques na consciência,
Mas, é acolhedor o seu sucesso.
A vida aparece com seu original colorido,
Com sua falta de juízo,
Com seu movimento preciso,
Com seu pulmão expandido.
Presente para Felipe F Falcão
Música indicada:
"Flores Astrais"
http://www.youtube.com/watch?v=t3q2kvQR2ZQ&feature=related
Para adquirir meu primeiro livro "Ardentia":
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