VERMELHA

(poema em homenagem ao meu amigo Enéias Neves dos Santos)

No deserto do meu corpo ardia

A inclemente dor da solidão

Como ave no sol a pino ao meio dia

Voejando no céu em véu de arribação

Como uma miragem e como magia

Como príncipe, cavaleiro errante

Cavalgaste na aridez de meus sonhos

E fizeste a esperança algo constante

Semeaste em meu chão a alegria

E do ventre da terra em cor vibrante

Nasce uma rosa encarnada, uma flor

Flor singela que ao vento despetalada

Contamina de vermelho os tons de cinza

Que a solidão fez-me ser sem teu amor

Descobri, posso ter felicidade

Descobri, posso cultivar a flor...

Irene Cristina dos Santos Costa - Nina Costa, 14/09/2011

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 14/09/2011
Reeditado em 02/10/2011
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