Que custa um abraço?
Às vezes, cobiço um abraço...
Bel-prazer de entrelaço, de circunvizinhança...
de ternura... Nem sei...
Quiçá uma proteção carinhosa e doce,
que ressalte a existência e amenize as angústias...
Pondere a propósito de amores,
que exprima ser afável e também intenso.
Ai vontade, de domínio de ter nostalgia de algum abraço.
Um abraço que perpetuar-se na estação
e aperfeiçoe completo espaço...
Todavia que invente lembrar-se da meiguice,
que nasce devagarinho,
da mágica da colagem dos corpos,
dos sopros... Nem sei.
Sim, refleti em como apelidar esse abraço:
abraço encanto, abraço ânimo,
abraço inocência, abraço alívio,
abraço confiança, abraço veracidade,
abraço chamado cumplicidade?
No entanto, o que vale é o feitiço que abrolhou em abraço!
A crase de forças, que goteja,
unifica o todo e se revela no cosmos,
no momento e no lugar...
Agora sei que deu anseio desse abraço.
Um abraço que liberte a gente,
decompondo-nos em doravante vínculos.
Que seja fixo, apartando completa e alguma consternação.
Que acorde o agrado da jovialidade,
e sossegue a alma...
Um abraço que explique o afeto,
o amor e o sentimento....
E, para um abraço de tal modo,
Só me veio em sonhos e pensamentos você!
Com essa sua energia,
Com essa sua humanidade,
que consegue perceber o porquê,
dessa minha reservada vontade.
Uma vez que:
- Vai, chegue logo com esse abraço!