Que custa um abraço?

Às vezes, cobiço um abraço...

Bel-prazer de entrelaço, de circunvizinhança...

de ternura... Nem sei...

Quiçá uma proteção carinhosa e doce,

que ressalte a existência e amenize as angústias...

Pondere a propósito de amores,

que exprima ser afável e também intenso.

Ai vontade, de domínio de ter nostalgia de algum abraço.

Um abraço que perpetuar-se na estação

e aperfeiçoe completo espaço...

Todavia que invente lembrar-se da meiguice,

que nasce devagarinho,

da mágica da colagem dos corpos,

dos sopros... Nem sei.

Sim, refleti em como apelidar esse abraço:

abraço encanto, abraço ânimo,

abraço inocência, abraço alívio,

abraço confiança, abraço veracidade,

abraço chamado cumplicidade?

No entanto, o que vale é o feitiço que abrolhou em abraço!

A crase de forças, que goteja,

unifica o todo e se revela no cosmos,

no momento e no lugar...

Agora sei que deu anseio desse abraço.

Um abraço que liberte a gente,

decompondo-nos em doravante vínculos.

Que seja fixo, apartando completa e alguma consternação.

Que acorde o agrado da jovialidade,

e sossegue a alma...

Um abraço que explique o afeto,

o amor e o sentimento....

E, para um abraço de tal modo,

Só me veio em sonhos e pensamentos você!

Com essa sua energia,

Com essa sua humanidade,

que consegue perceber o porquê,

dessa minha reservada vontade.

Uma vez que:

- Vai, chegue logo com esse abraço!

Lailsa Ribeiro
Enviado por Lailsa Ribeiro em 11/09/2011
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