Dêem-me uma noção de Eternidade…
Pois não consigo compreender
A imutabilidade
De certos olhares
Em corpos
Que trilham o caminho do envelhecer…
Olhos que resistem ao tempo
Aos seus contratempos
Às suas torturas
Que perante as adversidades
Responde mão com dor
Mas com uma enorme
E tocante ternura…
Olhares que dizem a tudo
Que eles não estão enganados
Que a lógica é de serem de criança
Dentro de um adulto
Preservando a sua essência
Os seus sonhos
Sim, eles estão certos, não estão errados…
E por isso gostava que fosse revisto o paradigma
Uma série de leis
De demasiadas teorias
Que assinam por baixo sem lerem o texto
Que devemos ficarmos tristes
Dizemos mirrar
Quando o tempo
Nos começar de facto a tocar
Que dizem ser uma parvoíce
Falta de maturidade
Essa criança não deixarmos morrer
Viver para sempre em nós
E por isso vos peço…:
Dêem-me uma noção de Eternidade…