Talvez, eu chegue por outro lado,
Um pouco inesperado.
Pode ser que haja um pequeno atraso.
Toda espera é um cansaço!
Gastei esse tempo todo idealizando,
Mais para me distrair.
Para não enlouquecer,
Para não me contrair...
Já sei que será como tem que ser.
Normalmente, nunca como eu vinha desenhando.
Acaba dando sempre tudo certo.
Atravessei todos os desertos.
Desenvolvi a arte da resiliência.
Conheci inúmeras cadências.
O que a vida já me proporcionou de experiência,
Valida minha pertinência.
Sou uma reconstrução de mim mesmo.
Uma nova versão, bem diferente da antiga,
Compus a minha própria cantiga,
Em função da particularidade do meu enredo.
Adquiri um jogo de cintura incrível.
Na mesma proporção em que fiquei mais sensível.
Redigi meus critérios,
Mas, não levo mais tudo tão a sério.
Desenvolvi uma simpatia pelas exceções
Presto atenção a todas as contradições.
Descobri o benefício da mudança
Da temperança!
Depus todas as armas,
Retirei todas as farpas.
Sou um menino maduro que renasceu poeta.
Tento manter uma linha direta,
Com o que ainda está oculto.
Derrubei todos os meus muros,
Mas, ainda me assusto
Com o bom do mundo.
Preservo a paz em um lugar sagrado,
Em meu peito arrebatado.
Canto para o universo,
Por ser a fonte mágica dos meus versos.
Assimilei a importância de ser um elo.
Ah! Como é belo!
Ser a ligação entre o céu e a terra.
Acolheu-me a serra.
Ensinou-me a andar
A me portar.
A calar e apreender...
A me desenvolver
Para melhor perceber
O que preciso escrever.
Eis as razões de minha extrema confiança
Na chegada da bonança...
Sei que virá embalada em surpresa,
Mas, com força suficiente,
Para romper a represa,
De forma eficiente.
Estou chegando ao topo da montanha.
Daí essa disposição tamanha.
Esse descompasso no coração,
Essa ingênua animação.
Presente para Dija
Menino Poeta
Aprendiz de Feiticeiro
Vídeo indicado:
Nando Reis
"Por Onde Andei"
http://www.youtube.com/watch?v=pnxRvHKjC3Y&feature=related
