DEDADA DO BEM

DEDADA DO BEM

O flácido fálico embranqueceu-se em sua pequenez cabeçuda

O bojo que o orna, aquiesceu-se entre os joelhos molengas

E o caminhar do desafortunado, se fazia dor no seu badalar.

Untado, enrolado, e enforcado em seu espartilho

Jazia-o, desfigurado, inflectido na sua inflação maçuda.

Temporariamente aposentado, humilhava seu dono, já capenga;

Cabisbaixo na leveza de crer que tudo era feito para o seu bem estar.

A sua graça, era graça de sua desgraça, que ia com dedo no gatilho.

A sana da sua doença se fazia cirurgia no mal para pavimentar o seu necessário

E a fama imensa na cria da fobia te chuviscará a cal, na preliminar do seu calvário

Se, porventura, não deixar de lado o seu medo de ficar de quatro ou de lado

Na tortura da tua mente promiscua e na injeção do teu médico amado.

CHICO DE ARRUDA.

DEDICADO À MEMÓRIA DO MEU PADRINHO QUE MORREU DE CANCER DE PRÓSTATA

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 22/08/2011
Código do texto: T3175885
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.