DEDADA DO BEM
DEDADA DO BEM
O flácido fálico embranqueceu-se em sua pequenez cabeçuda
O bojo que o orna, aquiesceu-se entre os joelhos molengas
E o caminhar do desafortunado, se fazia dor no seu badalar.
Untado, enrolado, e enforcado em seu espartilho
Jazia-o, desfigurado, inflectido na sua inflação maçuda.
Temporariamente aposentado, humilhava seu dono, já capenga;
Cabisbaixo na leveza de crer que tudo era feito para o seu bem estar.
A sua graça, era graça de sua desgraça, que ia com dedo no gatilho.
A sana da sua doença se fazia cirurgia no mal para pavimentar o seu necessário
E a fama imensa na cria da fobia te chuviscará a cal, na preliminar do seu calvário
Se, porventura, não deixar de lado o seu medo de ficar de quatro ou de lado
Na tortura da tua mente promiscua e na injeção do teu médico amado.
CHICO DE ARRUDA.
DEDICADO À MEMÓRIA DO MEU PADRINHO QUE MORREU DE CANCER DE PRÓSTATA