Tempos…
De olhar para fora da janela
E apesar de nos quererem pintar tal de outra forma
Constatamos
Que o mundo
E sobretudo a realidade
Será
Terá de ser
Sempre bela…
De partir
Quando chegámos à conclusão
Que nunca realmente chegámos
De ir
Pela necessidade de ir eternamente para outro lado…
De encerrar um assunto
Que nunca chegou a ser aberto
E muito menos finalizado
Tempos de definição
Onde se esbate ou não
A linha ténue
Que define
Se estarei ou não a teu lado…
Pois há tempos de morrer
De lacerar
De crescer
Tempos de cair
De nos voltarmos a erguer
Tempos de olharmos em frente
E sabermos que o caminho
Tem um difuso destino
Ao qual só se poderá eventualmente chegar
Se não deixarmos apagar a chama
A que alguém chamou
Fé
Porque só se anda
Neste lugar comum
Ou em outro diferente
De forma redundante
E absurdamente óbvia
Não estando no chão
Estando de pé…