Tempos…

De olhar para fora da janela

E apesar de nos quererem pintar tal de outra forma

Constatamos

Que o mundo

E sobretudo a realidade

Será

Terá de ser

Sempre bela…

De partir

Quando chegámos à conclusão

Que nunca realmente chegámos

De ir

Pela necessidade de ir eternamente para outro lado…

De encerrar um assunto

Que nunca chegou a ser aberto

E muito menos finalizado

Tempos de definição

Onde se esbate ou não

A linha ténue

Que define

Se estarei ou não a teu lado…

Pois há tempos de morrer

De lacerar

De crescer

Tempos de cair

De nos voltarmos a erguer

Tempos de olharmos em frente

E sabermos que o caminho

Tem um difuso destino

Ao qual só se poderá eventualmente chegar

Se não deixarmos apagar a chama

A que alguém chamou

Porque só se anda

Neste lugar comum

Ou em outro diferente

De forma redundante

E absurdamente óbvia

Não estando no chão

Estando de pé…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 20/08/2011
Reeditado em 20/08/2011
Código do texto: T3171331
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