A Toalha de Viana
A ternura do bordar azul e vermelho,
Corações a soltar em ponto cheio,
O tenro linho de noivar,
Encontra as linhas, que se deixam marcar como recheios...
Nas bodas de amor,
A mesa farta,
O carinho de servir,
Aos sonhos meus...
Está velhinha e muito gasta...
Mas, ao vê-la assim,
Aos olhos meus,
Entorna meu olhar,
Cheio de graça,
Por saber-se senhora,
Apenas e não a mais ninguém,
Da toalha que a Dona Gabriela,
Deu a minha Mãe!