Quando...(Versão 2011)

Se vais longe demais

E se só te apercebes de tal

Depois de teres percorrido demasiado estradas

As tuas

E as do mundo

Da gente

E dás num beco sem saída

A fuga

Ou a odisseia

Não deu assim tão resultado

Tal acabou onde começou

Numa ferida…

Aprendes que as ondas

Não são propriamente um sinónimo de tempestade

Tudo depende do ponto de vista

Dado navegares em mares alterados

Pois vês nisso uma forma de tranquilidade

Quando a espuma dos dias

A sua normalidade

Passa por ser o teu maior veneno

A única coisa

Da qual tens realmente medo…

E aprendes tanta coisa

Vês tantas visões

Nos olhos dos outros

Sentes as suas sensações

Vives as respectivas tentações

Sabes que existem infinitas definições de pecado

E ainda mais de “razão”

E tu sorris

Perante isso

Sentes e sabes por isso

Que nunca há apenas uma e unificada definição

E assim

Nunca cais nas tais tentações

Um coração é um coração

Uma cama é uma cama

Uma pessoa é uma pessoa

Uma filosofia

É uma filosofia

Tudo depende

Da pessoa que está no centro de tudo isso

E o resto

Pensar no resto

Passa por ser uma tremenda perda de tempo

Um tremendo desperdício…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 16/08/2011
Código do texto: T3163141
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