Quando...(Versão 2011)
Se vais longe demais
E se só te apercebes de tal
Depois de teres percorrido demasiado estradas
As tuas
E as do mundo
Da gente
E dás num beco sem saída
A fuga
Ou a odisseia
Não deu assim tão resultado
Tal acabou onde começou
Numa ferida…
Aprendes que as ondas
Não são propriamente um sinónimo de tempestade
Tudo depende do ponto de vista
Dado navegares em mares alterados
Pois vês nisso uma forma de tranquilidade
Quando a espuma dos dias
A sua normalidade
Passa por ser o teu maior veneno
A única coisa
Da qual tens realmente medo…
E aprendes tanta coisa
Vês tantas visões
Nos olhos dos outros
Sentes as suas sensações
Vives as respectivas tentações
Sabes que existem infinitas definições de pecado
E ainda mais de “razão”
E tu sorris
Perante isso
Sentes e sabes por isso
Que nunca há apenas uma e unificada definição
E assim
Nunca cais nas tais tentações
Um coração é um coração
Uma cama é uma cama
Uma pessoa é uma pessoa
Uma filosofia
É uma filosofia
Tudo depende
Da pessoa que está no centro de tudo isso
E o resto
Pensar no resto
Passa por ser uma tremenda perda de tempo
Um tremendo desperdício…