Hexacampeão - Para o amigo Alcir Meireles

Sexalescente

Sessenta mãos e pés, com sessenta andanças

De sessenta vidas.

Sessenta só quem tem sabe o que é ter sessenta portos,

Com sessenta partidas, com tantas entradas e saídas.

Sessenta panos de mangas, em sessenta lutas, com sessenta

Vidas, e mais um tanto pra não deixar dúvidas.

São ventos que às vezes não sopram, empurram, as sessentas tentações de

Se chegar a sessenta.

São sessenta copos, por sessenta noites, em tantos colos, femininos,

Criando outros sessenta momentos, das sessentas mulheres, metade

Ilusão, metade razão.

E assim seguem todos os outros tempos, em sessenta segundos, com sessenta sabedorias

Para ser mais além, um pouco mais de sessenta.

Eis ai uma paródia perfeita, do insano, que ousou chegar a sessenta, coragem pirata,

Sem medo do passado, com sessenta olhos à frente.

Minuto inicial, para os sessenta silêncios, de caminhar sob sessenta luas,

Entoando sessenta canções, magicamente vigiando saudades, cheirando

As paredes, de rosadas casas, ao redor de sessenta ruas.

O homem que chegou aos sessenta, bela jornada de sessenta anos,

Sem muita frescura, mas,

Não foi fácil, pois não?

Pra tanta ousadia, salário dobrado, a vida,

Certamente pagará.

Ramon Navarro
Enviado por Ramon Navarro em 12/08/2011
Reeditado em 06/07/2018
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