2609038.jpg

Há momentos, em que é preciso se deixar levar pelos violinos da canção.
Sentir-se mais leve,
Ainda que seja durante um solo breve...
Escalar com seus acordes, o mundo,
De um jeito imprevisto e profundo...
Esse som que acaricia os ouvidos,
Ameniza os pedidos...
Tem gosto de abrigo.
Agasalha em veludo, os sentidos!
Amortiza qualquer consternação.

Alinha todos os pensamentos,
Seleciona os sentimentos,
Escolhendo os maiores
E dissolvendo os menores.
Apazigua o peito
De um jeito,
Que chega a constranger,
De tão excepcional...
Impulsiona o perceber
De tão sensorial!

Existem os momentos-violino...
Aqueles em que a delicadeza, 
Com toda a sua destreza,
Esparrama-se pelos sentidos.
Onde nem é necessário falar
Para se expressar...
A expressão elevada paira no ar.
A bailar,
Calmamente,
Displicentemente...

Existem, também, as pessoas-violino...
Cuja delicadeza,
Beira à falta de juízo.
Estar perto delas adoça o destino!
Engrandece a existência,
Adentrar nessa específica cadência!
Sorriso de brincadeira...
Perfeição de mata costeira!
À espetacular coreografia das cores ao amanhecer!
À suavidade do toque do entardecer...

Existe, ainda, o topo da colina,
O melhor da vida:
A junção do momento com a pessoa,
Ou da pessoa com o momento.

- Ambos em estado “violino”

É quando dobram os sinos!
A alma, alegremente, se enfeita...
A vida, consequentemente, se ajeita,
Em uma melodia,
Composta pela harmonia,

Sob a batuta da alegria!





Presente para minha amiga
Romântica poetisa
"Flor da Vida"




Vídeo indicado:
Milton Nascimento – “Bituca”
Nascente

http://www.youtube.com/watch?v=sl-8HgpEZfU&playnext=1&list=PL649E55FEC15A4E85


flores-amarelas-para-jardins-14.jpg

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 04/08/2011
Código do texto: T3138318